[Diário do Mindelact 12]
A série de Grandes Monólogos não foi apenas a grande novidade da edição vinte. Trouxe com a escolha a dedo dos espectáculos seleccionados momentos únicos, e falta aqui destacar duas estreias absolutas.
Primeiro “Máscaras”. Estreia mundial. O texto poético de Menotti del Pichia é belíssimo, mas nesta noite não foi o principal protagonista. Quem tomou a frente foi o actor carioca Cadú Favero e a forma como ele se desnudou perante uma imensa plateia. No dia seguinte, uma amiga, actriz, comentava comigo: “eu ainda não tinha entendido o porquê deste festival mexer tanto comigo. Mas ontem entendi, finalmente”. “Porquê?”; questionei eu. “Por ter ouvido o Cadu durante o prólogo do seu espectáculo. Ele falou que o Festival Mindelact de alguma forma veio a moldar o que ele é enquanto artista e mesmo enquanto ser humano. Que o Festival Mindelact foi fundamental para a sua formação, artística e pessoal. É isto mesmo. Este lugar, esta energia, transforma-nos em pessoas melhores, em artistas mais abertos para o mundo.”
Ora cá está porque “Máscaras” foi fundamental, dentro da sua simplicidade – e já escrevi aqui que o mais difícil mesmo é conseguir alcançar a simplicidade: assistimos a um nascimento ao vivo, com as suas dores, o seu sangue, a sua imperfeição, a sua inusitada beleza. E eu não consegui deixar de dizer ao Cadú quando ele me perguntou, “Então?”. E eu disse: “Cadu, faz isto sempre como se fosse a primeira vez. Provoca-te, vem sempre com esse desnudamento, conquista essa cumplicidade, trabalha de forma sempre diferente para cada plateia.” E fomos conversando, outros amigos, artistas, comentavam, opinavam, ajudavam. E eu só pensava, isto é o espírito Mindelact!
A série de Grandes Monólogos não foi apenas a grande novidade da edição vinte. Trouxe com a escolha a dedo dos espectáculos seleccionados momentos únicos, e falta aqui destacar duas estreias absolutas.
Primeiro “Máscaras”. Estreia mundial. O texto poético de Menotti del Pichia é belíssimo, mas nesta noite não foi o principal protagonista. Quem tomou a frente foi o actor carioca Cadú Favero e a forma como ele se desnudou perante uma imensa plateia. No dia seguinte, uma amiga, actriz, comentava comigo: “eu ainda não tinha entendido o porquê deste festival mexer tanto comigo. Mas ontem entendi, finalmente”. “Porquê?”; questionei eu. “Por ter ouvido o Cadu durante o prólogo do seu espectáculo. Ele falou que o Festival Mindelact de alguma forma veio a moldar o que ele é enquanto artista e mesmo enquanto ser humano. Que o Festival Mindelact foi fundamental para a sua formação, artística e pessoal. É isto mesmo. Este lugar, esta energia, transforma-nos em pessoas melhores, em artistas mais abertos para o mundo.”
Ora cá está porque “Máscaras” foi fundamental, dentro da sua simplicidade – e já escrevi aqui que o mais difícil mesmo é conseguir alcançar a simplicidade: assistimos a um nascimento ao vivo, com as suas dores, o seu sangue, a sua imperfeição, a sua inusitada beleza. E eu não consegui deixar de dizer ao Cadú quando ele me perguntou, “Então?”. E eu disse: “Cadu, faz isto sempre como se fosse a primeira vez. Provoca-te, vem sempre com esse desnudamento, conquista essa cumplicidade, trabalha de forma sempre diferente para cada plateia.” E fomos conversando, outros amigos, artistas, comentavam, opinavam, ajudavam. E eu só pensava, isto é o espírito Mindelact!