Um texto de Emanuel Ribeiro (actor e dramaturgo)
Conferida no Centro cultural do Mindelo a estreia da peça ESCOLA DE MULHERES de Moliére, o meu primeiro pensamento, vai, desculpem-me senhores, para dar razão a um cientista do teatro cabo-verdiano, o Dr. Fragoso. Tenho que concordar com a sua Eminência: "De facto, hoje já não se faz teatro em cabo Verde! VIVE-SE, Sr. Doutor, sobretudo aqui nesta ilha de São Vicente, VIVE-SE - repito - A PRODUÇÃO TEATRAL COM UMA ENTREGA E CONSCIÊNCIA JAMAIS TÃO ENRAIZADA, e que não reside apenas no binómio encenador-actor mas atravessa toda a cadeia de valores da produção artística, passando pelos dramaturgos, técnicos e o público cada vez mais largo e mais selecto.
E esta encenação de João Branco da ESCOLA DE MULHERES corrobora por inteiro a afirmação feita acima, porque de facto, todos os espectadores, ESPECIALIZADOS OU NÃO, que assistiram extasiados a estreia de A ESCOLA DE MULHERES, deixaram a sala, com as medidas cheias e com aquele sentimento bom, de que, TEMOS CULTURA TEATRAL ,SIM SENHOR, E DE ALTA QUALIDADE, apresentável em qualquer Teatro do mundo. Por isso deixo aqui os meus parabéns ao Grupo teatral do CCP que festeja com esta produção brilhante vinte anos de endurance criativa, e, é sem duvida, um dos expoentes da moderna cultura cénica cabo-verdiana.
E quem o afirma em consciência é - diga-se de passagem - e sempre foi, um crítico acérrimo desta escola teatral, mas, honestidade intelectual obriga, tem que dizer publicamente, que o sr. Encenador João Branco, 300 anos depois de Jean Baptiste (AKA Moliére), é muito feliz nesta sua recriação do universo barroco da peça L'Ecole des Femmes. E a felicidade nessas andanças - eu sei bem - nunca é obra do acaso mas sempre fruto de muito e dedicado trabalho que cuida tudo ao pormenor. A cenografia a preto e branco, a trilha sonora dos filmes mudos com execução primorosa de Kali, as performances de todos actores sem excepção, com destaque na estreia para a interpretações magnificas e exímias de Jair Estêvão e Elba Lima, o desenho de Luz e os figurinos, tudo se encaixando à perfeição nesta encenação que eu considero um autêntico chef-d'oeuvre. BRAVO CCP! PARABÉNS JOÃO BRANCO.
Conferida no Centro cultural do Mindelo a estreia da peça ESCOLA DE MULHERES de Moliére, o meu primeiro pensamento, vai, desculpem-me senhores, para dar razão a um cientista do teatro cabo-verdiano, o Dr. Fragoso. Tenho que concordar com a sua Eminência: "De facto, hoje já não se faz teatro em cabo Verde! VIVE-SE, Sr. Doutor, sobretudo aqui nesta ilha de São Vicente, VIVE-SE - repito - A PRODUÇÃO TEATRAL COM UMA ENTREGA E CONSCIÊNCIA JAMAIS TÃO ENRAIZADA, e que não reside apenas no binómio encenador-actor mas atravessa toda a cadeia de valores da produção artística, passando pelos dramaturgos, técnicos e o público cada vez mais largo e mais selecto.
E esta encenação de João Branco da ESCOLA DE MULHERES corrobora por inteiro a afirmação feita acima, porque de facto, todos os espectadores, ESPECIALIZADOS OU NÃO, que assistiram extasiados a estreia de A ESCOLA DE MULHERES, deixaram a sala, com as medidas cheias e com aquele sentimento bom, de que, TEMOS CULTURA TEATRAL ,SIM SENHOR, E DE ALTA QUALIDADE, apresentável em qualquer Teatro do mundo. Por isso deixo aqui os meus parabéns ao Grupo teatral do CCP que festeja com esta produção brilhante vinte anos de endurance criativa, e, é sem duvida, um dos expoentes da moderna cultura cénica cabo-verdiana.
E quem o afirma em consciência é - diga-se de passagem - e sempre foi, um crítico acérrimo desta escola teatral, mas, honestidade intelectual obriga, tem que dizer publicamente, que o sr. Encenador João Branco, 300 anos depois de Jean Baptiste (AKA Moliére), é muito feliz nesta sua recriação do universo barroco da peça L'Ecole des Femmes. E a felicidade nessas andanças - eu sei bem - nunca é obra do acaso mas sempre fruto de muito e dedicado trabalho que cuida tudo ao pormenor. A cenografia a preto e branco, a trilha sonora dos filmes mudos com execução primorosa de Kali, as performances de todos actores sem excepção, com destaque na estreia para a interpretações magnificas e exímias de Jair Estêvão e Elba Lima, o desenho de Luz e os figurinos, tudo se encaixando à perfeição nesta encenação que eu considero um autêntico chef-d'oeuvre. BRAVO CCP! PARABÉNS JOÃO BRANCO.